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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

CASA DA MISERICÓRDIA REVIGOROU AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA SANTA LUZIA

Durante a celebração em ação de graças pelo primeiro ano de funcionamento da Casa da Misericórdia Padre Ibiapina foram apresentados os resultados que apontam para importância desta iniciativa. 

Ao todo, foram cadastradas 92 pessoas de todas as áreas periféricas da cidade. Diariamente, a casa está aberta para que estas pessoas possam participar destas atividades. Com regularidade, têm comparecido com regularidade cerca de 70 pessoas, entre adultos e crianças. São mais de 20 pessoas que atuam como voluntárias garantindo o funcionamento diário da casa.

Em um ano foram distribuídas 1200 cestas básicas, foram distribuídos colchões, roupas e vários enxovais. Um dos destaques da Casa são os cursos oferecidos que apontam uma alternativa de renda no futuro. Foram oferecidos para as mães, ao longo de 2017, os cursos de bordado, pintura em tecido, costura e artesanato Graças a estes cursos, as mulheres terão a oportunidade de se tornar empreendedoras e ter, no futuro, uma renda melhor.

Segundo Dona Augusta Lima, uma das instrutoras voluntárias, foi muito boa a aprendizagem das mulheres que participaram dos cursos de costura. Em pouco tempo, conseguiram fazer belas peças.

A meta da Casa da Misericórdia é, no futuro, quando a produção das mulheres estiver avançada, cria uma cooperativa para produzir costura e artesanato. 


O COMPROMISSO HISTÓRICO DA PARÓQUIA COM A AÇÃO SOCIAL

A paróquia Santa Luzia sempre teve um compromisso social. No século XIX o grande destaque foi a própria Casa da Misericórdia criada pelo Padre Ibiapina que esteve em Santa Luzia e oferecia ajuda aos órfãos, viajantes, às viúvas, além de ter construído o Açude Velho,  que recebe seu nome. Na história recente da Paróquia, destaca-se a atuação do Padre Milton Arruda que criou a Escola Profissionalizante Francisco Leandro, nos anos 1960, que garantiu formação profissional e que deu perspectivas a muitas pessoas. Nos anos 1970, Padre Jerônimo Lauwen continuou o trabalho de Padre Milton e trouxe os grupos socialmente excluídos para dentro da Igreja. Nos anos 1990, Padre João Saturnino se deparou com um cenário social agravado pelas crises e secas dos anos 1980 e 1990. Enfrentou o problema da prostituição infantil que ocorria às margens da BR 230 através da Instituição Semear, projeto social que oferecia às crianças e adolescentes, aulas reforço escolar, música, artesanato, computação, além de atendimento psicossocial. Neste mesmo período a Paróquia passou a ter uma participação mais efetiva nos Conselhos, especialmente, os relacionados à saúde e à criança. A Paróquia assumiu uma posição de organização das comunidades e de luta pelos direitos dos trabalhadores cuja expressão maior era a mobilização do 1º de maio contra qual muitas forças se levantaram. Além disso, foi fundada a Pastoral Social. Recentemente, através do Projeto Uma Capela em Cada Bairro, Padre Alex visava não só a existência de um templo nos bairros, mas a construção de espaços que pudessem servir para a organização comunitária, particularmente, a criação das associações de bairro. Em parceria com a ONG Café Cultura e com a participação de leigos voluntários, foi criado o cursinho solidário atualmente funcionando graças ao empenho dos leigos jovens. Também em parceria com o Café Cultura, a Paróquia, no período do Padre Alex, cedeu um terreno no São Sebastião cuja finalidade era a construção de um galpão para a formação de uma Cooperativa de Reciclagem e Reaproveitamento de materiais. 

AÇÃO SOCIAL REVIGORADA
Sob a liderança do Padre Elias Ramalho o setor social está revigorado e a casa da misericórdia, na verdade, é um projeto guarda-chuva para todas as pastorais da área social como a pastoral do menor, a carcerária, a social, a do idoso, a da criança. Todas estas pastorais estão envolvidas na tarefa de estar junto às populações, especialmente, as socialmente vulneráveis, desenvolvendo ações que visem a dignidade, a inclusão social e a promoção de acesso aos direitos sociais básicos. Um dos exemplos importantes desta ação integrada das pastorais foi a realização dos mutirões para construção da casa de dona Irani no bairro São Sebastião. Além disso, a instalação de um comitê para tratar dos impactos das energias renováveis, a animação das comunidades rurais, a abertura de espaço para o Movendo Cidadania, Santa Luzia Solidária, apoio à ação social da diocese e PROPAC no acompanhamento das Comunidades Quilombolas, o apoio à Criação da Fundação Padre Jerônimo, entre outras ações exemplificam o atual momento que a Paróquia vive quanto a sua atuação social. 

PAPEL DOS LEIGOS
Tantas ações sociais realizadas na Paróquia tiveram, é claro, a liderança dos padres, mas não resta dúvida de que elas não teriam se realizado sem a participação decisiva dos leigos. A cada dia na cidade um grande grupo de pessoas se dedicam ao serviço ao próximo das diversas formas e a realização de atividades sociais tem sido uma tarefa fundamental dos missionários e missionárias da Paróquia. 


O PODER PÚBLICO TEM QUE CUMPRIR SEU PAPEL
A Paróquia não pretende assumir o papel do poder público de cuidar da população. Mas, ela ensina, dá o exemplo para que os gestores possam assumir suas responsabilidades de promover políticas públicas que garantam os direitos sociais e que possam enfrentar as problemáticas que fazem a população sofre.

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