Fiéis em oração durante toda a Semana Santa



Durante esta semana, a Igreja, Esposa mística do Cordeiro (cf. Ap 21,9), vive um momento de plena contemplação e oração, ao ver um influxo de fiéis, movidos pela graça, acorrerem ao templo sagrado com ânimo contrito e coração penitente. De crianças a idosos, todos reuniram-se em comunhão espiritual, vivendo um verdadeiro kairós, um tempo oportuno de salvação (cf. 2Cor 6,2), para se prepararem com dignidade para os mistérios centrais da nossa fé: o Tríduo Pascal e a gloriosa Ressurreição do Senhor.

Num clima de intensa oração, silêncio reverente e práticas penitenciais, o povo santo de Deus (cf. 1Pd 2,9) buscou se configurar ao Cristo sofredor, unindo-se a Ele no caminho do Calvário. Como nos exorta o Apóstolo: “Se com Ele sofremos, com Ele também seremos glorificados” (Rm 8,17). Este foi o espírito que animou a assembleia dos fiéis, conscientes de que não há Páscoa sem Cruz, nem ressurreição sem sepulcro.


A casa de Deus esteve repleta, não apenas de corpos, mas de almas sedentas da água viva (cf. Jo 4,14), desejosas de renovar sua aliança com o Senhor por meio da confissão, da meditação das Escrituras e da participação na liturgia. Em cada rosto, via-se o reflexo de um coração que anseia por ver a Deus (cf. Sl42,2), e, em cada gesto de piedade, uma preparação amorosa para celebrar, com fé e júbilo, a vitória da vida sobre a morte.


Assim, a Igreja, mãe e mestra, cumpre sua missão de guiar os fiéis ao encontro pascal com o Ressuscitado, na certeza de que, como diz a Escritura: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7), e por Ele fomos libertos da antiga escravidão do pecado para vivermos em novidade de vida (cf. Rm 6,4).

 

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